8/07/2011

Invista em Cadeias de Abastecimento Sustentáveis

Organizações com este foco estão redesenhando suas cadeias de abastecimento para responderem a crescente questão na demanda por preços competitivos e soluções ambientalmente responsáveis.
Até recentemente, as cadeias de abastecimento eram projetadas para entregar produtos no prazo e com o menor custo possível. Este ainda é o foco para muitas empresas, mas as preocupações dos clientes aumentaram quanto ao consumo de energia e preservação do meio ambiente, incluindo o aquecimento global. Portanto, as ações relacionadas à sustentabilidade vieram para ficar. As organizações com este foco estão redesenhando suas cadeias de abastecimento para responderem à crescente demanda por preços competitivos e soluções ambientalmente responsáveis.
Redesenhar malhas logísticas em redes sustentáveis é mais do que dar o tom verde à cadeia de abastecimento, também está relacionado à redução de custos. Empreendimentos com cadeia de abastecimento “verde” devem ser de baixo custo, já que estes estão associados ao uso de recursos e, quanto menos necessidade, menor o custo.
Muitas empresas estão despreparadas para serem sustentáveis e não imaginam quantos benefícios econômicos e sociais estão envolvidos na preservação ambiental. Acabam por subutilizar suas redes logísticas e desconsideram questões de visibilidade do fluxo de materiais e informações para melhor controlar as operações de suas cadeias de abastecimento e seus impactos ecológicos.
O uso de ferramentas nos projetos de cadeias de abastecimento incrementa os resultados, incluindo: localização de fornecedores, gerenciamento de riscos, melhoria nos níveis de serviços e mudança nos modos de transportes e política de estoques.
Empregar otimização matemática, ou pesquisa operacional, com modelos de cálculo de emissão de carbono para análise dos vários tradeoffs, permite às empresas identificarem redes logísticas eficientes e com baixa emissão de dióxido de carbono.
É possível identificar melhorias imediatas com a modelagem das emissões de carbono integrada aos projetos desupply chain. As aplicações, não puramente baseadas em custos - mas também com viés ambiental, podem influenciar as empresas a médio e longo prazo na determinação do número de instalações (CD’s, fábricas, etc.), o dimensionamento e a capacidade para desenvolver serviços enquanto, também, reduz seu footprint de carbono.
Aqueles que utilizam ferramentas para projetar suas cadeias de abastecimento beneficiam-se de um planejamento dinâmico entre decisões de fazer ou comprar, entre outras. Através de modelos, podemos quantificar os custos, níveis de serviço e implicações ambientais para cada um dos cenários estudados e prepará-los para as mudanças.
Analisando o impacto do transporte dos produtos e o meio ambiente, podemos obter grandes economias com transportes mais eficientes que, em termos, significam menores gastos com combustíveis e custos da operação logística.
Estoque Conta
Com o projeto de redes logísticas, empresas podem ganhar com seus planos de distribuição ambientalmente adequados. Uma análise e cálculo dos níveis de estoques contribuem na otimização entre níveis de serviço, investimento em estoques e o carbono associado com diferentes modos de transporte e freqüência de reabastecimento.
A mudança para uma cadeia de abastecimento projetada para redução nos níveis de emissões é mais do que o uso de uma ferramenta. Necessita estratégia, compromisso de longo prazo e flexibilidade para se adaptar às exigências de seus clientes.
Edson Carillo é membro do Conselho de Ética da Aslog – Associação Brasileira de Logística, além de diretor da Global Connexxion do Brasil, Consultoria em Supply Chain Engineering.

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